quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vamos à Biblioteca!

O projeto VAMOS À BIBLIOTECA!, lançado pela Fundação Cultural de Brusque, recebe todas as quartas-feiras, nos turnos matutino e vespertino, alunos de várias escolas da cidade. Hoje foi a vez dos alunos das 7ªs séries (matutino e vespertino) da E.E.F. Paquetá participarem desse projeto. Diversas atividades foram realizadas como: visita ao espaço da biblioteca pública municipal, conversa sobre leitura, visita a sala de Literatura Infanto-Juvenil, visita ao acervo de livros e revistas em braile, dinâmica com balões, apresentação de curtas nacionais e palestra sobre patrimônio histórico: ontem e hoje! Confiram o registro de alguns momentos abaixo:


7ª A e 7ª B



Sistema Braile



Douglas conversando com os alunos


7ª C

Prof. Jaqueline realizando dinâmica

Apresentação de curtas - SESC



domingo, 3 de abril de 2011

Ainda sobre o filme

Faz algum tempo que trabalho com o filme "Escritores da Liberdade" por acreditar que é um filme que agrada e que traz mensagens de superação incríveis. No primeiro ano em que o apresentei aos alunos, mais especificamente no ano de 2007, esse filme trouxe ótimas reflexões. Como até então não tive a oportunidade de divulgar esses trabalhos, achei que essa seria uma boa hora, quem sabe meus ex-aluno(a)s  não passem por aqui também!


“ESCRITORES DA LIBERDADE”
Por Charlise Costa (aluna da 8ª série A)

Pessoas presas em preconceitos
Deixando pra trás seus direitos,
Sofredores com raça...
Misturas raciais em apenas uma praça.
Ações imperdoáveis...
Desejos imagináveis...
Com força para enfrentar
O que o outro lado da vida
Pode lhes dar...
Emoções presas em um coração.
Olhos famintos, em meio à escuridão.
Lutar pela vida nesse lugar...
Amigos que um dia vão se separar.
A esperança se esconde no espelho da alma...
O hoje é uma esperança vivida,
Um dia a mais de vida,
O amor que acalma...

“ESCRITORES DA LIBERDADE”
Por Maiara Maria Raiser (aluna da 8ª série B)

   No filme Escritores da Liberdade, baseado em fatos reais, observa-se o drama de muitos estudantes, moradores de bairros pobres, que sofrem diariamente com o preconceito nas escolas, por parte de seus professores, diretores e colegas, que não os vêem vencendo na vida, exatamente por virem de famílias humildes, levando muitos desses jovens a ingressarem na vida do crime, das drogas, das “gangues”, da marginalidade, enfim, um mundo sem volta para muitos, porque perdem suas vidas em lutas violentas com a polícia.
    Mas será que há volta? Será que podemos mudar a realidade de quem ainda sobrevive? Sim, podemos fazer muito, podemos sim mudar a realidade, assim que olharmos para esses jovens e não os vermos como marginais, e sim como seres humanos, seres que pensam, que choram, riem, sonham e que, acima de tudo, são pessoas capazes de terem um futuro melhor.
     Portanto, em minha opinião, o filme é muito bom, diria até excelente, pois narra fatos reais que mostram que no mundo de hoje ainda existem pessoas capazes de olhar para um jovem desse tipo e ver nele um médico, uma professora, um presidente da república, dando a ele um pouco de esperança e oportunidade.
    Assim, poderia resumir tudo isso em uma única frase: “apesar de tanta violência, tanta injustiça e pobreza que existe no mundo, ainda encontramos pessoas capazes de olhar com os olhos do coração”.

“ESCRITORES DA LIBERDADE”
Por Lucas Felipe Klann ( aluno da 8ª série B)

   O filme conta a história de uma professora determinada a dar aulas, mesmo em uma sala repleta de “marginais”, ela não só estava determinada a dar aulas, mas também a mudar totalmente a vida daqueles jovens, através da amizade e da união. Ela se mostrou muito sábia e delicada, uma contradição que faz cada expectador viajar e pregar os olhos na tela sem deixar de prestar atenção.
Em minha opinião o filme foi ótimo, demonstrou uma linguagem simples e “tocante”. Uma interpretação fantástica da Hilary Swank, que realmente arrasou no papel da professora Erin Gruwel. Realmente foi um dos melhores filmes que já vi, muito bom e interessante. Quem dera termos milhares de “senhoras G” no Brasil.


“ESCRITORES DA LIBERDADE”
Por Alex Fayterna (aluno da 8ª série A)

    O filme é bom, ele ensina bastante coisa, e foi por causa de uma professora que os jovens daquela escola entenderam a importância da vida.


“ESCRITORES DA LIBERDADE”
Por Cleverson H.P. da Cruz ( aluno da 8ª série B)

    Eu gostei do filme porque não se pode julgar uma pessoa pela cor ou pelo seu estilo de vida e sim, pelo que a pessoa é por dentro. Por exemplo, na sala onde a professora Erin Gruwel dava aulas, muitos dos alunos já tinham sido presos, ou já estiveram em reformatórios e a maioria deles era de cor escura. Mas nem por isso a professora os deixou de lado, ajudou-os a serem pessoas melhores. E eles confiaram nela porque simpatizava com eles e acreditava na capacidade que eles tinham. Esse filme é uma lição de vida, portanto nunca julgue uma pessoa antes de conhecê-la melhor e também nunca seja racista, como muitas pessoas são por aí.
   
   
 



Escritores da Liberdade - o filme


Os alunos das 7ªs e 8ªs séries da E.E.F. Paquetá, assistiram ao filme "Escritores da Liberdade" , que é baseado numa história real, e responderam questões que refletiam sobre o enredo do filme, abaixo segue uma pequena resenha  e algumas fotos. Gostaria de deixar um convite às pessoas que visitam o blog, e que já assistiram a esse filme, para que escrevam seu comentário, manifestando a sua opinião. (Inclusive os alunos!)


Capa do filme




Livro indicado aos alunos

A verdadeira Erin

 
Resenha crítica do filme:
"ESCRITORES DA LIBERDADE": 

        O filme "Escritores da Liberdade" (Freedom Writers, EUA, 2007) aborda, de uma forma comovente e instigante, o desafio da educação em um contexto social problemático e violento. Tal filme se inicia com uma jovem professora, Erin (interpretada por Hilary Swank), que entra como novata em uma instituição de "ensino médio", a fim de lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de adolescentes considerados "turbulentos", inclusive envolvidos com gangues.

          Ao perceber os grandes problemas enfrentados por tais estudantes, a professora Erin resolve adotar novos métodos de ensino, ainda que sem a concordância da diretora do colégio. Para isso, a educadora entregou aos seus alunos um caderno para que escrevessem, diariamente, sobre aspectos de suas próprias vidas, desde conflitos internos até problemas familiares. Ademais, a professora indicou a leitura de diferentes obras sobre episódios cruciais da humanidade, como o célebre livro "O Diário de Anne Frank", com o objetivo de que os alunos percebessem a necessidade de tolerância mútua, sem a qual muitas barbáries ocorreram e ainda podem se perpetrar.

        Com o passar do tempo, os alunos vão se engajando em seus escritos nos diários e, trocando experiências de vida, passam a conviver de forma mais tolerante, superando entraves em suas próprias rotinas. Assim, eles reuniram seus diários em um livro, que foi publicado nos Estados Unidos em 1999, após uma série de dificuldades. É claro que projetos inovadores como esse, em se tratando de estabelecimentos de ensino com poucos recursos, enfrentam diversos obstáculos, desde a burocracia até a resistência aos novos paradigmas pedagógicos. Em países como o  Brasil, então, as dificuldades são imensas, mas superáveis, se houver engajamento e esforços próprios.

             Nesse sentido, o filme "Escritores da Liberdade" merece ser visto como apreço, sobretudo pela sua ênfase no papel da educação como mecanismo de transformações individuais e comunitárias. Com essas considerações, vê-se que a educação, como já ressaltaram grandes educadores da estirpe de Paulo Freire, tem um papel indispensável no implemento de novas realidades sociais, a partir da conscientização de cada ser humano como artífice de possíveis avanços em sua própria vida e, principalmente, em sua comunidade.

Juliana S Valis
Publicado no Recanto das Letras em 06/09/2007
Código do texto: T641978