quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Crônicas II

Seguem abaixo algumas crônicas que não foram classificadas para a Olimpíada de Língua Portuguesa, mas que merecem destaque - 8ªB


O Pássaro que não batia asas
Lucas Buttchewits

    Quando vi aquilo, fiquei assustado.  Era pequeno, corria rápido.  Nunca tinha visto igual. Fazia muito barulho. Eu tinha seis anos. Faz tempo. Pairava sobre as nuvens. Era lindo.
    Queria pegar com a mão. Comecei a correr atrás, não alcancei. Subi no morro e dei um salto com os braços pra cima pra ver se pegava, mas era muito alto.
    Voltei pra casa. Fiquei pensando no que poderia ser.
    Seria uma borboleta?
    Acho que não.
   Perguntei para meu irmão. Ele disse que poderia ser uma gaivota. Mas não batia as asas.
    Desisti de tentar saber o que era. Fui dormir.
    Acordei. Chovia muito.
   Liguei a televisão. Nada de interessante. Os desenhos começavam às 09h30min. Troquei de canal.
    Uma mulher falava que por causa da tempestade, os vôos ficariam atrasados. Ela mostrou uma imagem do aeroporto.
    Vi um monte daqueles pássaros que não batiam asas. Só que eram gigantes. Corri chamar minha mãe. Peguei a mão dela e perguntei:
    - O que é aquilo mãe?
    Ela disse:
    - São aviões, filho! Eles levam as pessoas no ar, de um lugar para o outro, bem rapidinho.
    Fui pra rua. Olhei pro céu.
    Havia parado de chover. Olhei para um lado, para outro, nada via.
    Até que ouvi um barulho. Olhei pra trás, e sim, era um avião! Pequeno, como sempre, pairando sobre as nuvens, sumindo e reaparecendo, como um pássaro.
    Sentei no chão, olhando fixamente pra ele e pensei “Vou voar num desses um dia”.



O Tempo Passa
Jaqueline Jéssica Bourscheidt

    Nem parece que esta rua, tão movimentada, deserta, escura, um tempo atrás era um lugar de convivência, as crianças jogavam bola, brincavam sem se preocupar, era um lugar quase deserto, mas no bom sentido, por que não havia muitas casas, as crianças pequenas brincavam muito, adoravam estar naquele lugar. Mas, o tempo passa e quase ninguém percebe. Nesse tempo muitas coisas acontecem e essa rua se transformou: agora é movimentada, tem muito mais casas, as crianças cresceram,veio o trabalho, a escola, e agora falta tempo.
    Não se tinha problema em brincar até tarde, mas à noite, agora, a rua está deserta, todos dentro de suas casas, pois a preguiça e o cansaço das pessoas hoje são maiores.
    Agora que esta rua cresceu, há muita desconfiança, o final dessa rua leva a um lugar sombrio, onde pais, e famílias, acham que “rola” droga, o que é um problema, talvez também seja um dos motivos para não se ter mais crianças e pessoas até tarde brincando e conversando na rua.
    Não se via nessa rua acidentes, agora isso ocorre com frequência, ocorrem brigas, há desconfiança e muita inveja.
    É uma rua chamada Reinoldo Wegner, uma rua como qualquer outra da cidade de Brusque. Mas o tempo passa, o tempo não para, e nesse tempo as coisas mudam, nada dura para sempre, pelo menos nessa rua ainda tem amizade, aí está uma coisa que não muda e que não acaba.


O Cotidiano
Sérgio L. Batista Júnior.

        A vida cotidiana para alguns todo santo e belo dia é a mesma coisa, vendo as mesmas pessoas na rua, no trabalho, em casa.
        Fazer a mesma coisa todo dia, pode ser muito “maneiro”, mas por outro lado é enjoativo até demais.
        O cotidiano pode virar rotina, e para metade do mundo e para mim rotina não é nada legal.
        Todos tentam evitá-la, mas quando olham bem para o mundo, ele está a mesma coisa.
        A rotina tem partes, eu diria péssimas, como: você não conhecer pessoas novas, bonitas, engraçadas ou até sem graça nem uma. Segundo: você não ir a lugares novos, animados com boa música e etc. Terceiro e último, fazer a mesma coisa todo dia é chato!
        A rotina também tem boas coisas. A primeira se sua rotina é almoçar e jantar todo dia, você irá comer amanhã, depois de amanhã e os outros também. Segundo, você vai ter o que fazer, mesmo fazendo igual. Terceiro e com certeza o mais importante, se nós temos uma rotina quer dizer que somos vivos, então é só continuar com a rotina que vamos viver por muito tempo.


Uma Música e só
Nicolas Mastrandréas

    Certo dia estava escutando uma música que me lembrava ela. E comecei a examinar a música e percebi que mexia com minha alma, meus sentimentos. E por incrível que pareça a música não falava de amor, como costuma falar, mas sim, de momentos felizes que um casal vive, certamente era para eu estar feliz, mas tem um pequeno problema, estou só, não tive momentos felizes como esses da música.
    Enquanto isso os graves tocam meu coração e os agudos minha alma, e vou imaginando que se eu não estivesse só, poderia estar na beira da praia vendo as estrelas, esperando o sol nascer, mas eu estou só!
    Mas não parou por aí, comecei a pensar se ela estava feliz e vivendo esses momentos, do lado alguém, num restaurante chique com ele aos seus pés dizendo:
    - Case comigo?
    Queria poder fazer o mesmo, mas, lembrei de uma coisa: Estou só!!!
    E só me resta escutar a música e imaginar.

A Vida Na Escola
Tayzler Rodrigo Carniel

    Numa manhã nublada, vários alunos se organizam para irem as salas de aulas, os alunos das 8ªs séries se preparavam muitos ansiosos para a aula de Português, na qual iriam escrever várias crônicas . Alguns dos alunos da Escola Paquetá já estavam com a história pronta, já outros nem sabiam o que iriam escrever. E outros só faziam graçinhas.
    Desse jeito corria a aula de Português. A professora mandando ficarem quietos, em silêncio, parados, mas muitos não obedeciam. Alguns ficavam, já outros, não.
    Alguns acabavam e iam mostrar, tinham ideias boas, outros não: escreviam coisas sem sentido, com alguns a professora ficava furiosa porque pareciam não saber escrever direito, pareciam crianças de 1ª ano.
    Aos poucos os alunos iam acabando e entregando para a professora corrigir, mas alguns ainda nem tinham começado a escrever e continuavam a conversar, até que a professora furiosa chamava sua atenção.
    Então, todos paravam quietos, mas não demorava muito e já voltavam a conversar, até chegar os últimos minutos de aula, em que todos entregaram, sentaram e ficaram em silêncio, até o próximo professor chegar.


A rampa
Débora Vermohlen

    Estava eu lá sentada naquela pequena mesinha de lanchonete, tomando um bom café gelado, com um pedaço de torta de morango, que era extremamente deliciosa, e observava o passar dos carros na rua, quando apareceu na entrada uma linda menina que era paraplégica. Sentada naquela cadeira de rodas tentava passar mais um obstáculo da sua vida, a rampa. Então, levantei-me e fui lá ajuda-lá. Quando cheguei perto dela, ela rapidamente ficou com aquela cara de assustada, e logo perguntou se eu queria passar por ali, então eu respondi dizendo que não, que eu estava ali para ajuda-lá, pois foi só eu responder, que ela já abriu aquele lindo sorriso de uma criança quando ganha muitos brinquedos.
    Passou um tempinho e lá estavamos nós duas sentadas ao redor da mesa conversando, contando uma para a outra cada experiência de nossas vidas, boas ou ruins. Então nessa conversa ela acabou me contando o porquê dela estar naquela cadeira de roda. Foi em um acidente de carro, no qual estavam somente ela e seu namorado, seu namorado morreu e ela sobreviveu, mas ficou com sequelas. Ela disse que foi a pior tragédia que já tinha acontecido na vida dela, mas que agora já estava melhor, bem conformada com o que se passou, fazendo fisioterapia para tentar ter os movimentos de volta, e disse também que agora levava uma vida normal.
    Já havia passado uma meia hora, então já estava na hora de eu ir, dei um beijo nela e disse que tinha sido um prazer conhecer a sua história de vida e principalmente a ela.

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