segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Contos de terror III

 
Zumbi do pântano.
Camilla

    No verão passado uma família foi passar suas férias em uma de suas fazendas, a fazenda não era muito grande, só possuía uma casa e um celeiro onde ficavam os animais. Essa fazenda era cheia de árvores de diferentes espécies, na frente da casa tinha um pequeno pântano.
   A família Jones era muito ocupada, então eles não tinham muito cuidado com a fazenda, eles só contratavam pessoas para alimentar os animais.
Antônio, o pai da família, comprou a fazenda de um casal de velhos que já morreram, na noite em que eles chegaram estava tudo escuro, as crianças já estavam cansadas. Quando eles abriram a casa descobriram que estavam sem energia e não tinham o que fazer. Então Henrique, o filho mais velho, deu a ideia de ligar a lareira e contar histórias de terror na sala, mas Ana, a mais nova, não aceitou, mas depois acabou deixando.
    Eles passaram a noite se divertindo e contando histórias e acabaram dormindo na sala. No dia seguinte Ana perguntou para seu pai se aquelas histórias eram de verdade.
    E ele respondeu:
    - Não filha, são todas lendas, menos a fantástica história que eu vou contar esta noite para vocês.
    Ana ficou curiosa e muito ansiosa. Passou o dia, e a noite apareceu, e chegou a tão esperada hora, e Henrique perguntou:
    - Mas pai, porque você não contou essa história ontem a noite?
    E Antônio respondeu:
    - Bom filho, esta história tem que ser contada na madrugada do dia 18 para o dia 19.
    Então Antônio começou a contar que os antigos donos da casa contaram a ele que em toda a madrugada  do dia 18 para 19 começava a chover e a ficar com muito, mas muito vento, e  os galhos das árvores caiam no chão, as folhas fazendo barulhos, a poeira espalhada no ar, uma fumaça negra cobrindo o celeiro e a casa, e com barulhos vindo do pequeno pântano, e Antônio continuou contando a história e Ana o interrompeu-o e disse:
    - Pai, mas será que isso é verdade, vai acontecer?
    E seu pai respondeu:
    - Não, claro que não vai acontecer!
     Aí Antônio continuou contando a história para Henrique, Ana e Marta, sua esposa.
Marta foi até a cozinha fazer um chocolate quente para todos, e distraída olhou para a janela e viu que o tempo estava diferente, o ar estava frio, ela olhou para o celeiro e viu que ele estava debaixo de uma grande nuvem preta, também olhou para as árvores e para o pântano, e viu os galhos caídos no chão, e o pântano coberto de areia.
    Ela saiu correndo para a sala e já abriu a janela para todos verem o que estava acontecendo, Antônio logo viu que era a história que ele tinha contado.
    Todos fecharam a janela e correram para o andar de cima e se esconderam lá.
    Já se passavam uns quinze minutos, Ana e Antônio escutaram um barulho na porta. Antônio duvidou e foi lá ver.
    Quando chegou lá em baixo abriu a porta e viu um homem em carne viva, com alguns ossos aparecendo, com poucos cabelos, e os que tinham eram brancos, e com roupas rasgadas etc. Antônio assustado e sem saber o que fazer chamou todos.
    O homem fedorento que mais parecia um zumbi, falava atrapalhado e quase nada dava para entender, Henrique adorava histórias e filmes de terror, disse que já tinha visto isso em um filme e conseguiu decifrar algumas das palavras. E o monstro disse:
    - Por que um de vocês contou a história do zumbi do pântano? Agora não posso mais voltar para a minha casa no pântano.
    Ana com muito medo perguntou se não tinha alguma coisa que desse pra fazer com que ele voltasse.
    Ele respondeu:
    - Sim, mas vocês terão que me ajudar, terão que falar meu nome e o meu sobrenome, terão que fazer isto na frente do pântano!
    Antônio e sua família concordaram, todos foram lá para fora. E Henrique perguntou:
    - Mas qual é seu nome?
    Ele respondeu:
    - Meckins berilines rancouns, mas vocês terão que falar muito alto!
    Todos muito nervosos falaram muito alto, quando falaram uma nuvem preta apareceu e o zumbi desapareceu e o tempo voltou ao normal.
    Já estava amanhecendo e a família Jones decidiu ir embora e vender a pequena fazenda.
    Ainda contam que as outras famílias que compraram a casa se arrependeram.



O Porão
Letícia
 
   No verão passado, os pais de Elena Gilbert, uma adolescente cheia de manhas com um cabelo caramelado, com alguns fios de cabelo preto e olhos castanhos claros, e uma pele de pêssego bem pálida, morreram num trágico acidente de carro, ao saírem de casa. Elena, então, marcada pela tragédia, tenta repor sua vida no lugar, junto com seu irmão Matt, um adolescente quieto, estranho e sozinho.
    Elena tem que se virar sozinha e muda-se para uma casa onde possa recomeçar.
   No dia seguinte, Elena se matricula em uma escola chamada Fell's Churg na cidade de Virginia, enquanto seu irmão procura um emprego na lanchonete Virginia Grill, uma antiga lanchonete simples e velha, sua cor era alaranjada, de madeira antiga com duas mesinhas simples do lado de fora, e havia uma cadeira para cada mesa.
    Elena ao se matricular observa a escola com curiosidade. Inacabada, com três andares, no primeiro andar há uma lanchonete com várias besteiras, salgados e etc, para vender ao final da aula, já no segundo andar estão as séries de pré a quarta, e no terceiro andar de quinta a oitava, e por último, no quarto andar inacabado, será o segundo grau  e a faculdade. Depois de observar a escola Elena vai para a casa nova, onde alguns homens altos e fortes colocavam os móveis no escolhido lugar.
    A casa tem um andar e um porão embaixo, a sala é bem espaçosa com uma lareira, e na frente da lareira há uma poltrona velha de couro bordô, há dois banheiros, uma cozinha pequena e uma sala de jantar, já no porão há a continuação da lareira, um quadro enorme, uma estátua de uma mulher sentada em uma pedra, sem cabeça, e uns móveis tapados com lençóis velhos, cheios de pó. Elena ficou maravilhada com a casa nova, mas não sentiu o mesmo do porão.
    Matt chegou a casa, colocou o casaco de couro em cima da poltrona velha que estava na frente da lareira, e perguntou a Elena:
    - Está tudo bem?
    - Sim, claro, é que não fui com a cara daquele porão - disse Elena com cautela.
    - Que nada é ótimo para revelar as fotos que tiramos no último verão, com papai. - disse Matt triste, e Elena encarou Matt com uma careta engraçada e ao mesmo tempo triste.
    Já à noite, Elena foi tomar um banho e quando ela ligou o chuveiro ouviu um barulho no porão e gritou:
    - Matt é você??
    Elena ficou quieta e terminou seu banho, e foi logo perguntar a Matt.
    - Matt, posso entrar?
    - Entra, fala logo o que você quer. - disse Matt frio, Elena o encara e suspira fundo e pergunta:
    - Era você lá embaixo no porão?
    - Não, por quê?
    - Porque escutei uns estalos, e a propósito foi você que ligou a lareira?
    - Não Elena, isso é coisa da sua cabeça, que coisa. - Elena fingiu que não escutou e fez outra pergunta:
    - Ainda está chateado?
    - Chateado com o quê?
    - Matt não se faça de bobo, você sabe muito bem o que estou falando, e você não pode ficar assim pra sempre vamos... - Matt a interrompeu e discordou:
    - Elena me deixa, a vida é minha, cuida da sua e nem vem com esse papo de ''só estou querendo seu bem'' eu estou muito bem, agora sai daqui!
    - Não parece que está bem Matt, boa noite. - disse Elena fechando a porta.
    Na manhã seguinte, Elena acorda Matt, para tomar café se arrumar e ir trabalhar, mas Matt não foi por causa da preguiça, já Elena não foi pra escola, pois era sábado, e já tomado café, Elena foi até o porão e o encarou com medo e pensou que era coisa da cabeça dela e ela precisava tirar esse medo, então ela se aproximou da lareira e ligou-a, colocou suas mãos sobre ela para aquecê-las, ela escutou o estalo, só que dessa vez perto da estátua, então ela se afastou da lareira e foi em direção a porta, mas quando ela girou o trinco a porta estava trancada e começou a gritar:
    - Matt, Matt, socorro Matt!!!
    Quando Elena olhou para trás o fogo aumentou e começou a estralar bolinha de fogo pra fora, e uma pegou no quadro, e começou a pegar fogo e Elena gritava ainda mais:
    - Matt me ajuda, acorda Matt, Matt socorro!!!
    - Calma já tô indo Elena! - gritou Matt descendo as escadas que ia para o porão.
    - Elena se afasta, vou arrombar a porta!! - O fogo já estava aos pés de Elena e começou a pegar fogo rapidamente no teto e foi se espalhando até a cozinha, pegando fogo nas cortinas. Matt chutou mais uma vez e conseguiu arrombar.
    - Vem Elena!! Corre pra fora, eu já volto!!
    - Aonde você vai??
    - Corre Elena!! - Elena correu rapidamente para fora e pediu ajuda aos vizinhos, os vizinhos ligaram para os bombeiros, Matt foi pegar a câmera com as fotos de seus pais em seu quarto, mais não conseguiu chegar a tempo, e foi pego pela fumaça e desmaiou, pois sofria de bronquite grave. Logo depois de cinco minutos os bombeiros chegaram, apagaram o fogo e conseguiram tirar Matt, mas ele sofreu graves queimaduras pelo corpo, levaram ele para o hospital, Elena estava ao lado de Matt, quando ele acordou e viu que estava em uma cama numa pequena sala branca e Elena ao seu lado.
    - Eu vi uma pessoa, Elena, com raiva, era baixo e magro, ele me disse para nunca mais voltar - disse Matt sem expressão no rosto.
    - Shii, não diga nada. - disse Elena.
    - Elena fique com isso - Matt deu a antiga câmera de sua mãe - promete revelá-las?
    - Sim Matt, mas, agora descanse, você ainda não pode gastar energia, fique deitado.
    - Elena promete nunca mais voltar naquele bairro, naquela casa?
    - Sim Matt, prometo.
    - Você tinha razão, aquele porão era, quero dizer, e ainda é, assombrado, você sabia que não era normal e eu devia ter escutado você, me desculpe Elena.
    - Não se preocupe Matt, você não sabia - disse Elena chorando.
    - Elena eu te amo maninha.
    - Eu amo você também.
    E depois disso Matt faleceu, Elena se mudou de cidade em depressão, e a casa foi reformada, e depois de dois anos o mesmo se repetiu com outra família, e assim foi seguindo.


O Pior dia
Cleicy Anny

    Era fim de outono, lua cheia, quando o pneu furou, no meio do caminho, mas no pior caminho, uma rua deserta, casas sombrias, fazia muito frio, não havia luz, além da lua, o sereno cobria a estrada de forma apavorante, todos haviam perdido a noção do caminho de volta ou de ida, não havia o que fazer além de seguir a pé, estávamos todos juntos até o ponto de ônibus, resolvemos esperar, foi quando a única luz além da lua acendeu-se no outro lado da rua.
    Então o meu colega olhou para o lado direito e disse a minha irmã que lhe acompanhasse até lá, os dois foram até o outro lado e nos chamaram e falamos que esperaríamos, então eles seguiram, minha irmã olhou para trás depois de passar pelo portão e nisso o chão se abriu e ela caiu em um buraco sem fim, que acabou em um lugar úmido cheio de bichos nojentos,  nesse lugar havia uma escada e foi nela que minha irmã subiu.
    Eu e o pessoal, que vimos tudo, saímos correndo para todo lado só eu e meu primo fomos ver direito o que tinha acontecido com ela.
    Meu primo sentiu que algo o puxava e quando conseguiu se segurar em uma árvore caiu no mesmo lugar que minha irmã, só que longe da escada que ela subiu, ele foi andando, uma meia hora depois, foi quando nos encontramos em uma espécie de museu que não abrigava artes ou história, mas sim gente morta e empalhada e junto dela uma arma de cada pessoa, uma arma diferente.     A luz da lua batia na janela dando reflexo em um espelho, minha irmã, meu primo e eu olhamos nesse espelho e o que enxergamos foi nós mesmos de traje escuro e longo que os mortos usavam, era como se nós estivéssemos nos lugares dos mortos. Saímos correndo, naquele momento foi quando nos tocamos que não havíamos encontrado meu amigo, saímos em uma busca angustiosa e sem fim, eram escadas, túneis sem fim, rangidos assustadores, sem sinal das luzes que tínhamos visto do lado de fora.
    Era uma angústia de não saber o que fazer que durou horas, e havia tomado conta do lugar.
Até chegarmos a uma sala com uma lareira acesa que iluminava um gato preto, cheio de sangue ao redor e na boca.
    Chegamos mais perto para ver o que o corria, mas ele saltou em um pulo longo e selvagem, miando, e de repente apareceu uma pessoa completamente desfigurada  e sombria, corremos por horas incalculáveis até chegarmos  em um corredor sombrio até a porta, cheio de armadilhas, pessoas jogadas no chão sem cabeça, braço,  pernas, fomos um de cada vez, o coração batia forte naquele momento.
    Minha irmã e eu tínhamos passado, fazíamos sinal para meu primo passar rápido. Mas ele sumiu do nada, só vimos como se um vulto passasse sobre nossos olhos, naquele momento é que Raquel, minha irmã, me puxou de forma que saímos rápido daquele lugar. Eu nunca mais soube se quer uma notícia dos dois que perdi, no Pior Dia da minha vida, só que eu tenho medo de voltar e encontrar um deles ou até mesmo os dois no museu sombrio e cheio de mortos, não quero que nenhum deles esteja lá.
    Quando passo por lá, a mesma luz daquela vez se acende com o sereno cobrindo o chão é como se eles me chamassem e quando viro não sei se é minha imaginação, mas parece real, vejo a imagem do meu amigo sempre perto de uma árvore, no fim do terreno da casa, e meu primo, como se estivesse saindo da casa naquele momento.


(Enfim os contos da 6ª D, graças as meninas que digitaram os contos para a professora, hehehe.)

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