segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Projeto Cordel - 8ªs séries

E lá vamos nós para mais um pojeto!
A produção de cordéis pelos alunos das 8ªs séries não foi fácil, mas demonstrou que objetivo e persistência podem fazer a diferença na hora de construir uma rima. Esse  projeto está sendo desenvolvido em parceria com a professora de Artes, Marisa Negruni, que além de cotribuir com ideias na hora da produção textual está desenvolvendo a técnica da isoporgravura que será alpicada na confecção das capas dos cordéis.

"Agora eu vou mostrar
versos interessantes
produzidos na escola
por alguns estudantes
são histórias diferentes
de belos anunciantes!"


- 8ª série A -



O Cabrito
(Davi)

Lá atrás da minha casa
Uma vez tinha um cabrito
Ele morava no mato
Mas era branco e bonito
Junto com ele tinha uma cabra
Magra que nem um palito

Quando chegava de noite
O cabrito se escondia
Com medo de alguma coisa
Que ninguém descobria
Todos o procuravam
Mas não sabiam onde ele ia

Até que em uma noite clara
Um menino se aventurou
Foi atrás do cabrito
Mas não o encontrou
Seu pai chegou em casa
E o menino não achou

No outro dia de manhã
A vila calma estava
A não ser por um detalhe
Que a população assustava
Logo a fofoca correu
E a vila toda falava

O menino que saiu,
Saiu e não voltou
Seus pais o procuravam
Pensavam que alguém o matou
Seu pai foi lhe procurar
Mas só um cabrito encontrou

Agora não eram dois,
agora viraram três
o menino virou cabrito
o que será que ele fez?
além de uma cabra
agora dois cabritos de vez!

E esse era o boato
Que a população falava
E quanto mais eles diziam
Mais seu pai se preocupava
Alguns até diziam
Que de noite o menino gritava

Passou muito tempo
E nada se descobriu
A única certeza
Era que o menino sumiu
Naquele mesmo dia
Que o cabrito surgiu.


A menina que mudou de caráter pelo namorado
(Laíza)

Em uma cidadezinha
perto de Maçambará
vivia Maria Vitória
e é dela que você ouvirá
menina muito ingênua
que até sua família abandonará

Conheceu Antônio Felipe
e foi logo se apaixonar
menino mais cafajeste
que naquela cidade foi capaz de encontrar
estava sempre metido em briga
e com um cigarro a fumar

Até que em um dia chuvoso
Antônio Felipe com Maria foi falar:
- Ou você larga seus amigos
Ou eu vou te abandonar
Eu não gosto deles
E com eles não vou andar

Então com os amigos Maria foi falar
não ando com vocês pois Antônio Felipe não deixou
saibam que sempre gostei de vocês
mas o amor me condenou
encurralada no amor
é assim que hoje estou

Com o bando de Antônio Felipe
Maria Vitória começou a andar
e logo logo um cigarro na boca
Maria começou a enfiar
largou sua família
e no beco dos malandros foi morar

Maria toda encantada
em Felipe acreditou
mas vários chifres
em Maria um dia colocou
e ela sem perceber
dele engravidou

Maria toda empolgada
foi logo procurar
o amor de sua vida
para a notícia lhe contar
mas nem imaginava
o que estava a esperar

E ele enfurecido
pra Maria foi logo dizendo:
- Ou tu tira esse filho
Ou eu mato te batendo.
Maria sem fala
saiu chorando e correndo

Maria correu pra casa
e pediu ajuda aos pais
e jurou para si mesma
não se meter com bandido nunca mais
criou e educou seu filho
que se tornou um bom rapaz

Maria aprendeu que não podia
com qualquer um se meter
e você moça bonita
cuide com o que vai fazer
pois a história de Maria
com você pode acontecer.



A Realização
(Alessandra)

Era uma vez Daniel
Um cara alegre e brincalhão
Ele trabalhava em uma cafeteria
E usava roupa de bobão
Ele gostava muito de uma menina
Que trabalhava na aviação  

Ele nunca namorou
Mais vontade não lhe faltava
Daniel queria dar um beijo
Naquela menina que o conquistava
A menina era Rosinha
Mas seu sobrenome não falava

Até que um dia Daniel
na cara vergonha criou
E foi atrás de Rosa
E todo intimidado falou
Que ela, ele amava
E que com ela seu coração parou

Rosa toda feliz
Deu um grito de alegria
E diz que aquilo
Parecia magia
Ela sorrindo pensa:
Eu sabia que esse dia chegaria

Então Rosa vai para casa
E conta tudo ao pai e ao irmão
Diz que Daniel é a sua vida
E que dele não quer abrir mão
Seu pai diz que deixa
Pois filha minha só namora com partidão

Então Daniel e Rosa
Se casaram
Foram para bem longe
Onde moraram
Por muitos e muitos anos
Onde herdeiros deixaram.



O Sonho de João
(Aline G.)

Eu vou contar uma história,
De um cara pedreiro ,
Que gostava do seu trabalho,
Mas seu sonho era ser cabeleireiro.
Tinha que sustentar seus sobrinhos,
Por isso ele tinha que ganhar bastante dinheiro.

O cara com 31 anos,
Seu nome era João,
Seu pai era Alfredo ,
E sua mãe não era mulher não,
Seus sobrinhos era todos casados,
Mas não tinham coração.

João tinha que fazer tudo,
Comprar, limpar e trocar.
Mesmo ele sendo desse jeito,
Seus sobrinhos não queriam lhe aceitar,
João dava tudo e de melhor,
Mesmo assim, só tinha que trabalhar.

Decidiu ir atrás de seus sonhos,
Porque de tudo ele cansou,
E todo feliz com seu pai foi falar,
O pai o esnobou,
Decidiu que não ia desistir,
E assim ele ficou.

Em um certo dia,
Encontrou um doutor,
Alegre e feliz,
E para ele, sua história contou,
O doutor ficou surpreso,
E assim o ajudou.

Arrumou um trabalho,
E seu sonho realizou,
Seus sobrinhos se ajeitaram,
E para São Paulo se mudou,
E tudo que ele queria conseguiu,
E tudo, de novo ele amou!

No trabalho,
Encontrou um tal de Osmar,
Se conheceram demais,
Depois de 1 mês começaram a namorar,
Se gostavam tanto,
Que eles já estavam pensando em se casar. 



Um drama de horror
(Thalia)
        
Em uma velha cidade
Morava uma menininha
Na solidão ela vivia
Vagava pelas ruas sozinha
Exposta ao perigo
Ainda bem que às vezes tinha uma companhia

Na cidade ninguém a conhecia
Vivia a vagar
Um drama de horror
A rua era seu lar
Quem seria seu pai ?
Oscar ? Valdemar ?

Ninguém sabia ao certo
Que destino dar a menina
Nenhum abrigo a queria
Seu abrigo era uma velha esquina
Vivia em uma completa desarmonia
Seu nome era Marina

No dia seguinte quando acordou,
Estava um belo dia
Não imaginava que uma coisa
Maravilhosa aconteceria
E não sabia que naquela mesma esquina
Uma família a acolheria

Essa família:
Lhe acolheu .
Amor e carinho
Lhe deu.
Então Marina
Sua vida solitária esqueceu.



A bela menina
(Delaine)

Em um belo dia
Do mês de agosto
Nasceu uma pequena menina
Com um belo rosto
Nascida em uma pequena cidade
Pro seu desgosto.

Por ter tanta beleza
Na pequena cidadezinha
Todos paravam para olhar
A bela menininha
A qual tinha muito elegância
E era muito educadinha

Era filha única
Morava em uma casinha
Vinda de uma família simples
Trabalhava na vizinha
Com muita alegria
Por ajudar sua mãezinha
               
Sonhava em ser miss,
Porém andava pouco arrumada
Sonhava em se casar,
Mas não obrigada
Sonhava em conhecer um rapaz
E ser muito amada.

Quando cresceu,
Decidiu se mudar
Queria ir embora
Para um belo lugar
Então tomou a decisão
De ir viajar
 
Foi para Orlando
Um belo lugar
Procurou uma agência
E começou a trabalhar
Ficou muito feliz
Pois seu sonho ia realizar

Um belo dia
Foi fazer um curso
que precisava ser feito,
A bela Moça ia participar de um concurso
E para isso precisava
Apresentar um discurso
      
Então o grande dia aconteceu
A bela moça se arrumou
E  muito feliz
Seu belo vestido colocou
Foi para o concurso
E lá ganhou

Muito feliz
A moça ficou
Porque o concurso
Ela ganhou
Lá conheceu um belo moço
E se casou.



A menina que queria namorar
(Fernanda)

Num sábado a tarde
A moça queria namorar
Achou um rapaz bonito
com quem queria se casar
Já era tarde
quando ele a pediu para dançar.

Eles dançaram até tarde    
Até que ela percebeu
que já estava muito escuro
e um beijo ela deu
já era hora de ir para casa
por isso ela correu.

Chegou em casa toda feliz
Com medo foi para o seu quarto
e o rapaz lá na festa
ficou todo empolgado
parecia um sonho
ela ter me encantado

No outro dia a moça saiu
E eles se encontraram
E ele a cumprimentou
E os dois se arreganharam
O moço disse pra ela
Que os dois se ganharam

Então ela foi para casa
Encontrar um amigo
Lá estava o moço dizendo
Que entre nós não há perigo
Venho saber de você
Se quer casar comigo?

Se o senhor é homem sério
E comigo quer casar    
Terá que falar com meu pai
Se não vou recusar
Se eu falar com ele
Posso até desmaiar

Então ele foi falar com o pai dela
Que queria se casar
O pai ficou todo feliz
Que sua filha ia desencalhar
Arrumaram os preparativos
para a cerimônia realizar.



A viola que eu amo
(Lucas G.)

De repente eu ouvi
o som de uma viola
que entrou em minha cabeça
como se fosse uma cartola
e de onde seria
o tal som de viola?

Chamei meu filho José
para irmos procurar
aquela tal viola
que não me deixa descansar
e agora hein!
Onde iríamos encontrar?

Saímos a procura
então daquele som
para ver se me acalmo
e baixo minha tensão
antes que tenha
uma pausa no coração

Até que o som aumenta
e prestei atenção
e então percebi
que a viola está no meu coração
o que seria esta viola
que me deixou nesta situação?

O nome dela é Maria
e com ela sou casado
esse foi mais um cordel
de um velho apaixonado
e já vou me despedindo
que estou um pouco atrasado.



Meu Gato
(Carl)

Eu tinha um gato
Um gato mal amado
Miava o dia inteiro
E se chamava Finado
Eu gostava dele
Até o tinha domado

Mas em um dia
O gato estava meio mal
Levei-o para o veterinário
E falei: - ele não dá nenhum miau
O médico falou : - isso é mesmo estranho
Em um gato isso não é normal

Deixei-o no veterinário
Para ele logo curar
E em poucos dias
Para casa ele vai voltar
E com muita certeza
Carinho eu vou lhe dar

Então em poucos dias
Ao médico eu retornei
Pegar o meu gato
E para casa eu o levei
Depois daquele dia
Ele foi tratado como rei.



Urubici com neve
(Mateus)

Saímos da escola
No dia 3 de agosto
Paramos para tomar café
Perto de um posto
Estava uma delícia
Comida de dar gosto

Deixamos a lanchonete
E fomos em direção
A Serra do Rio do Rastro
Que vai ficar no coração
E lá paramos
Para uma bela refeição

Chegando a Urubici
Paramos no Mirante
Vimos toda a cidade
Uma cidade que não é gigante
Mas linda com certeza
Uma coisa alucinante

No Morro da Igreja
Passamos muito frio
Pois vimos muita neve
Chegou a congelar um rio
Eu estava tão bem agasalhado
Que parecia um barril!

Tinha tanta neve
Que nosso ônibus chegou a congelar
Por causa disso
Fomos para uma base militar
Chegando lá, tivemos que voltar

Voltamos para nossa cidade
Muito atrasados
Quase um dia depois
Do que o esperado
Estávamos felizes,
E os pais preocupados!



O Amor Proibido
(Vivianny)

Eu amava uma menina
Éra órfã papai não tinha
Eu falei em casamento
E foi toda a desgraça minha
Encontrava-me com ela
Na casa da minha vizinha.

A mãe dela não queria
Que amor nela o tivesse
Eu amava ela tão curto
Que a mãe dela não soubesse
Até que um dia ela veio
Perguntou se eu a quisesse.

Havia uma doença
Chamada febre amarela
Tempo de 24 horas
A morte dirigiu-se a ela
De um jeito ou de outro
Eu não teria o amor dela.

Ó minha mãe
Da minha alma
Me alivia essa dor
Eu não posso
Dar a alma para Deus
Sem falar com o meu amor.

Botei a criada na estrada
Bem em pino de meio- dia
Vai ver sua amada
Tá na última agonia
Não pensei duas vezes
Fui logo no mesmo dia.

Quando recebi essa voz
Assustado eu fiquei
Botei o chapéu na mão
E a criada acompanhei
Até a casa dela
Quase não cheguei.

Subi pela calçada
E no silêncio me sentei
Só de tanto eu chorar
Muita lágrima eu derramei
As lágrimas foram tantas
Que quase nadei, nadei.

Caminhei por perto da cama
Ela ainda me conheceu
Triste me deu a mão
Virou pro canto e faleceu
E agora estou sem ela
E a tristeza em mim permaneceu.

Fiquei eu e a mãe dela
Chorando desesperados
Ó morte tirando a morte
Ó morte tirando de queixa
Quem eide de levar não leva
Quem eide de deixar não deixa.

Eu queria me encontrar com a morte
Numa noite bem escura
Queria perguntar pra ela
Se o remédio do mal do amor tem cura
Encontrei-me com a morte e ela disse pra mim
O remédio do mal do amor tem cura.


AMOR
(Jeanne)

O amor nos enche de glória,
os prazeres que oferece,
a ternura é mais uma vitória,
que o coração agradece,
que todo o corpo,
se esquece.

O amor sempre nos faz sorrir,
enche a alma de esperança,
às vezes nos faz chorar,
de saudade, de lembrança,
e cada vez fica pior,
pois eu tenho uma aliança.

O amor faz desejar  você,
e,e nquanto vida eu tiver,
amando-a vou permanecer,
sempre que você quiser,
eu vou ser,
sempre sua mulher.

O amor é um lindo sentimento,
nascido dentro do coração,
a toda hora e todo momento,
aparece uma linda paixão,
e com esse crescimento,
forma uma linda canção.

O amor toca este coração,
com um toque de magia,
fazendo sempre a função,
de maneira sutil e com maestria,
juntando todo esse sabor,
dá uma doce alegria.

O amor é início de sentimento,
é uma felicidade sem fim,
é viver emoção de momento,
tendo você perto de mim,
e no nosso casamento,
eu quero um buquê de jasmim.

O amor é como um anjo divinal,
lançando raios brilhantes,
de uma forma bastante real,
nos corações dos amantes,
que quando você fica distante,
meu coração fica no final.

O amor me faz muito feliz,
estar com você é um encanto,
tenho o carinho que eu quis,
o seu coração é meu santo,
e com você,
eu me sinto uma atriz.

O amor está sempre presente,
em cada coisa que faço na terra,
no corpo, na alma e na mente,
sou alegre e não faço guerra,
e com isso alegremente,
meu coração berra.

O amor nunca se esquece,
quando vai embora,
simplesmente entristece,
e com saudade ele chora,
e devagarinho ele enloquece,
pois ali dentro você mora.

O amor chega devagarinho,
chega de forma inesperada,
atingindo a alma de mansinho,
no interior da pessoa amada,
e com carinho,
vai nos deixando apaixonada.

O amor presente, uma paixão,
quando ausente uma saudade,
esse sentimento nos invade,
no campo ou mesmo na cidade,
quando o coração,
encontra sua cara-metade.

O amor nos ensina como amar,
mas também nos faz sofrer,
é ele quem nos faz chorar,
enquanto dele não esquecer,
enquanto isso eu vou a caminhar,
e aprendendo a viver.



A História no boteco
(Joice)

A primeira vez que eu vi o rapaz    
foi em um boteco
ele olhou para mim
e foi me passando um chaveco
e quando eu perguntei o nome
ele disse o apelido era féco

Algumas horas depois ….
falou que iria me namorar
mais meu pai disse que não
porque você não soube apresentar
mas logo em seguida
me pediu para casar

E depois o rapaz voltou
e ela disse... - já voltou féco?
Logo em seguida
foi passando seu chaveco
foi quando
meu pai teve um treco

Horas depois do treco
Meu pai foi para o boteco
e antes de ir o féco
passou seu último chaveco
vamos logo que eu estou com presa
e ao chegar no boteco féco pegou seu jaleco.

  


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